Comece agora, de hoje em diante, você vai visualizar-se de modo diferente! Você não é um simples “funcionário”, não é “membro da equipe”, não é “empregado” ou “recurso humano”.
Esqueça todas essas “generalidades”. Você não pertence a nenhuma empresa, não desempenha nenhuma função” em particular. Você não se define pelo nome do cargo que ocupa nem se limita pela descrição do trabalho que faz.
A partir de hoje você é uma marca.
Você é tão marca quanto o são a Nike, a Coca-Cola, a Pepsi ou a Body Shop. Para começar a pensar como o gerente da sua própria marca favorita, faça a você mesmo a mesma pergunta que fazem os gerentes de marca da Nike, Coca-cola, Pepsi ou BodyShop:
“O que o meu produto ou serviço faz que o diferencia dos outros?”
Submeta-se ao tradicional desafio de apresentar-se em 15 palavras ou menos. Tire o tempo necessário para escrever a resposta, e depois para a ler, várias vezes.
Se sua resposta não for capaz de iluminar o rosto de um potencial cliente ou merecer um voto de confiança de um cliente passado e satisfeito ou, pior ainda, se você mesmo não a achar atraente, então você tem um grande problema nas mãos.
Está na hora de dedicar um pouco de atenção e esforços ainda mais sérios para imaginar-se e desenvolver-se enquanto marca registrada.
Comece por identificar as qualidades ou características que o diferenciam da concorrência ou dos seus colegas.
O que você tem feito ultimamente, esta semana, por exemplo, para se destacar?
Qual seria, segundo os seus colegas ou os seus clientes, o seu ponto forte?
Qual sua qualidade pessoal mais digna de nota?
Volte à comparação entre a marca Você e a marca X essa é a abordagem adotada pelas grandes empresas quando vão criar uma marca. O modelo que elas usam é a característica/benefício, cada característica que oferecem em seu produto ou serviço rende aos seus clientes ou consumidores um benefício identificável e distinguível.
Então, qual é o modelo “característica/benefício” que oferece a marca chamada Você?
Você sempre entrega o trabalho dentro do prazo?
Seu cliente interno ou externo recebe um atendimento que transmite confiança, que satisfaz suas necessidades estratégicas?
Você antecipa e resolve os problemas antes que eles se transformem em crises?
Seus clientes poupam dinheiro e dores de cabeça pelo simples fato de contarem com você na equipa?
Você sempre termina os seus projetos dentro do orçamento previsto?
O seu próximo passo deve ser o de jogar fora todas as descrições a que está habituado. Esqueça o nome do seu cargo.
Pergunte a você mesmo: o que eu faço que acrescenta valor notável, mensurável, distinto?
Pergunte a você mesmo: entre as coisas que eu faço, qual é aquela de que mais me orgulho?
Pergunte a você mesmo: o que foi que já realizei e do que posso me gabar abertamente, sem medo de parecer ridículo?
Se você pretende se transformar em uma marca, terá de prestar atenção constante naquilo que você faz que acrescenta valor, naquilo de que você se orgulha e, mais importante de tudo, naquilo pelo qual você pode gabar-se abertamente.
Isto feito, respire fundo e faça a você mesmo mais uma pergunta que vai ajudá-lo a definir sua marca: quero ficar famoso por quê?
Isso mesmo, famoso!
Qual é o seu marketing?
Por maiores que sejam as suas habilidades, por mais atraente que seja a sua proposta de característica/benefício, você ainda terá que fazer o marketing da sua marca com os clientes, colegas e com a sua rede de contatos virtuais.
Para a maior parte das campanhas de marca, o primeiro passo é a visibilidade. Se você é General Motors, Ford ou Chrysler, isso geralmente significa uma campanha de anúncios na TV e imprensa escrita para levar bilhões de “impressões” da sua marca ao público consumidor. Se você é a marca Você, precisa de visibilidade tanto quanto elas, mas não tem dinheiro para pagar por isso.
Então como vai fazer o marketing de Você?
Não há limites, literalmente. Experimente, por exemplo, oferecer-se para integrar mais um projeto na organização para a qual trabalha só para apresentar-se a novos colegas e mostrar as suas habilidades, ou aprender novas. Ou, se conseguir encontrar tempo, embarque num projeto freelancer que o leve a entrar em contato com pessoas totalmente novas. Se conseguir que elas saiam por ai elogiando você, será lucro. Elas vão ajudar a espalhar a notícia de como você é um ótimo colaborador.
Se essas ideias não lhe agradam, experimente dar um curso numa faculdade comunitária, num programa de educação de adultos ou em sua própria empresa. Você vai ser visto como especialista, vai aumentar seu status profissional e aumentar as probabilidades de que as pessoas o procurem com mais pedidos e mais oportunidades para se destacar no meio da multidão.
Se você escreve melhor do que ensina, experimente escrever para o jornal local uma coluna ou um artigo apresentando a sua opinião sobre algum tema. E, quando digo jornal local, quero dizer local mesmo. Não é preciso sair publicado na página de um jornal diário. Jornais de bairro, de associações profissionais e até as publicações internas de empresas sempre têm um espaço em branco que precisam preencher. Depois de fazer isso pela primeira vez, você já terá algo a mais em seu histórico, além de poder citar trechos de seus artigos publicados quando tentar agarrar novas oportunidades.
Se você se sai melhor falando do que escrevendo ou lecionando, tente incluir-se num debate em alguma conferência ou ofereça-se para dar uma palestra num workshop. A visibilidade é uma coisa engraçada, o mais difícil é começar.
Depois de lançada, ela costuma se multiplicar sozinha.
A segunda coisa mais importante a manter em mente, no que diz respeito à sua campanha de visibilidade pessoal, é que tudo é importante. Quando você está promovendo a marca Você, tudo o que faz, e tudo que opta por não fazer, comunica o valor e as características da marca. Tudo, desde como você fala ao telefone e como responde aos seus e-mails até como você conduz os negócios numa reunião, faz parte da mensagem maior que está enviando acerca de sua marca.
Trata-se, em parte, de conteúdo: o que você tem a dizer e até que ponto consegue transmitir bem o que tem a dizer. Mas também é uma questão de estilo. Até os cartões de visita da sua marca Você são importantes: você já criou um logotipo interessante e moderno para seu cartão? Está mostrando uma apreciação pelo design que demonstre que você compreende a importância da apresentação num mundo de muitos concorrentes?
A chave de qualquer campanha de promoção da marca pessoal é o “marketing boca a boca”. Sua rede de amigos, colegas, clientes e contatos é o seu veículo de marketing mais importante. O que essas pessoas vão dizer sobre você e o que você tem a contribuir é o que o mercado vai acabar vendo como o valor da sua marca.
Assim, o segredo para fortalecer sua marca é encontrar meios de “alimentar” conscientemente sua rede de colegas.