Microcefalia: tudo que você precisa saber
A microcefalia costuma aparecer como um papo rápido em notícias, mas poucas pessoas sabem exatamente do que se trata. Em termos simples, é quando a cabeça da criança nasce menor que o esperado para a idade gestacional. Essa diferença pode indicar que o cérebro também não se desenvolveu como deveria, o que traz desafios diversos para a saúde e o desenvolvimento.
Quais são as principais causas?
As origens da microcefalia são variadas. Algumas vezes, a causa está ligada a fatores genéticos – alterações nos cromossomos ou em genes específicos podem impedir o crescimento normal do cérebro. Outras vezes, infecções durante a gestação são responsáveis. Vírus como Zika, rubéola, citomegalovírus e, em casos raros, toxoplasma, podem atravessar a placenta e afetar o bebê.
Além disso, problemas de nutrição materna, uso de álcool, drogas ou certos medicamentos podem jogar um papel importante. Não podemos esquecer que condições como hipóxia (falta de oxigênio) no momento do parto também podem desencadear microcefalia.
Sintomas e como identificar
Na maioria das vezes, o primeiro sinal já está na ultrassonografia pré‑natal. Se a medida da circunferência cefálica estiver bem abaixo da média, o médico pode suspeitar de microcefalia. Após o nascimento, o bebê pode apresentar cabeça visivelmente menor, atrasos no desenvolvimento motor, dificuldades de alimentação e, em alguns casos, problemas de visão ou audição.
É importante observar o crescimento da cabeça nos primeiros meses. Se a circunferência não acompanha o padrão esperado, procure um pediatra. Eles costumam solicitar exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, para avaliar a estrutura cerebral.
O diagnóstico precoce faz diferença. Quando a causa é identificada rapidamente, há possibilidades de intervenções que ajudam a minimizar impactos futuros. Por exemplo, terapias ocupacionais, fisioterapia e suporte educacional podem melhorar a qualidade de vida da criança.
Se você está grávida ou planeja engravidar, algumas medidas ajudam a reduzir o risco de microcefalia. Vacine-se contra rubéola, evite viagens a áreas com surtos de Zika, mantenha uma alimentação balanceada e siga as orientações médicas sobre medicamentos e álcool.
Em resumo, a microcefalia não é algo que se pode ignorar, mas com informação correta e acompanhamento médico adequado dá para enfrentar os desafios. Fique atento aos sinais, faça o pré‑natal completo e, se algo parecer fora do normal, converse com seu médico sem demora.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou um projeto que garantiria pensão vitalícia a crianças nascidas com microcefalia devido ao vírus Zika. O veto, substituído por medida provisória que oferece auxílio único de R$ 60 mil, gerou críticas de famílias afetadas. O governo defendeu a decisão citando responsabilidades fiscais e orçamentárias, enquanto afetados clamam por respostas mais significativas.
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