A Basílica da Penha, localizada no bairro São José, recebeu nesta sexta‑feira, 7 de março de 2025, a maior relíquia de Padre Pio que se conhece no Brasil. Trata‑se de uma luva de lã que o frade capuchinho usava para cobrir as feridas das suas estigmas – as marcas que, segundo a tradição, ele carregou por cinquenta anos, imitando as chagas de Cristo.
Sobre a relíquia e sua história
A luva foi trazida de um convento na Irlanda, onde estava guardada desde a última década do século passado. Na manhã da cerimônia, representantes da Basílica organizaram uma coletiva de imprensa às 9h30, seguida de missas nas quais a peça foi exposta ao altar da celebração eucarística. A comunidade católica local pôde tocar a luva, ouvir a história de Padre Pio e rezar diante do objeto, que, para os fiéis, é um canal de graça.
Padre Pio, nascido como Francesco Forgione na pequena cidade de Pietrelcina, na Itália, em 1887, entrou para a ordem franciscana capuchinha e recebeu o nome de Padre Pio em homenagem ao Papa Pio V. Desde 1918 ele começou a manifestar as estigmas – feridas nas mãos, pés e lado que sangravam periodicamente. Sua fama se espalhou pelo mundo: confessor incansável, amante da Eucaristia e defensor da confissão, ele foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002.
A tradição católica considera as relíquias – restos mortais ou objetos usados pelos santos – como sinais tangíveis da presença divina na história. Elas estimulam a devoção popular, pois ao venerá‑las os crentes sentem-se mais próximos da santidade e, consequentemente, de Deus. No caso da luva, a importância vai além do aspecto físico; ela simboliza o sacrifício e a entrega total de Padre Pio ao sofrimento de Cristo.
Impacto para a comunidade e a Basílica
A chegada da relíquia caiu no mesmo momento em que a Basílica da Penha lança a campanha de restauração intitulada "Casa de Deus, casa do povo, refúgio de misericórdia e esperança". O projeto visa recuperar tetos, vitrais e o piso histórico, tornando o templo mais acolhedor para peregrinos, fiéis locais e turistas. A presença da luva fortalece essa iniciativa, pois eleva ainda mais o perfil da igreja como ponto de peregrinação.
Além da tradicional bênção de São Félix nas sextas‑feiras, a Basílica já oferece missas diárias, confissões e momentos de adoração ao Santíssimo. Com a relíquia, a programação inclui visitas guiadas ao presbitério, onde a luva está exposta ao lado do altar da Eucaristia. Os horários de visita são de terça a sexta, durante o expediente, e aos domingos das 8h às 9h, permitindo que quem trabalha ainda possa participar.
Os devotos relataram sentimentos de paz e conforto ao se aproximarem da luva. Maria, 58 anos, moradora de Recife, contou que sentiu “uma leveza inexplicável” ao rezar diante da peça. Já João, estudante de 22 anos, explicou que a relíquia reforça sua decisão de entrar para o seminário, pois vê em Padre Pio um modelo de entrega total a Deus.
O evento também atraiu a atenção da mídia local e nacional. Reportagens destacaram a importância da peça para o catolicismo brasileiro e a oportunidade de fortalecer a fé num país que ainda registra crescimento de movimentos religiosos.
Com a relíquia agora sob a guarda permanente da Basílica da Penha, espera‑se que Recife se torne um novo polo de peregrinação, ao lado de outros destinos marianos e de santos no Brasil. O templo, já conhecido por sua arquitetura marcante e pela devoção a São Félix, ganha agora um elemento adicional de história viva, capaz de inspirar gerações que buscam respostas espirituais num mundo cada vez mais turbulento.
Alexsandro da Silveira
setembro 24, 2025 AT 12:28Se essa luva é tão poderosa, por que o padre não usou uma luva de kevlar? Afinal, se ele tava sangrando há 50 anos, era só questão de tempo até alguém inventar um curativo melhor. Isso aqui é superstição com certificado de autenticidade da Igreja. 🤷♂️
Mirian Aparecida Nascimento Bird
setembro 26, 2025 AT 08:00Que momento lindo de fé e conexão. Ver pessoas tocando a luva com tanto respeito, sentindo aquela paz... é como se o tempo parasse. Acredito que essas relíquias não são só objetos - são pontes entre o humano e o divino. Que essa bênção ilumine muitas vidas por aí. 🌿🙏
Edna Kovacs
setembro 27, 2025 AT 03:13Eu toquei a luva e não senti nada. O padre era só um cara com feridas que ninguém curou. A Igreja transforma dor em milagre porque precisa de fiéis. Ponto. Fim. Vai lá e vê se acha alguma prova científica disso tudo. Ninguém vai te obrigar a acreditar.
Joseph Horton
setembro 27, 2025 AT 23:18A relíquia não é o que importa. É o que ela desperta. A humildade. O silêncio. A coragem de carregar o peso sem reclamar. Isso é o que realmente sobrevive. O tecido apodrece. A entrega, não.
paulo victor Oliveira
setembro 28, 2025 AT 09:04Imagina só: uma luva de lã, usada por um homem que viveu entre chagas e orações, agora repousa num altar no coração de Recife - cidade que já viu tantos sofrimentos e tantas esperanças. É como se o céu tivesse escolhido esse lugar para dizer: ‘Aqui, ainda se acredita’. E não é só fé, é memória viva. Cada fio da lã carrega o peso de cinquenta anos de dor transformada em amor. E agora, crianças vão crescer vendo isso, e vão entender que santidade não é perfeição - é persistência. Isso aqui não é turismo religioso. É encontro. É história que respira. E se você não sentiu nada ao passar a mão nela... talvez seja porque você ainda não parou de correr.
Uriel Castellanos
setembro 29, 2025 AT 08:21Que emoção! 🥹 Achei lindo ver o João, de 22 anos, dizendo que vai entrar no seminário. Isso é o que a gente precisa mais hoje: jovens que não só olham pro celular, mas pro coração. Parabéns Basílica da Penha! Vocês estão fazendo um trabalho incrível. 💪✨
Thays Castro
outubro 1, 2025 AT 03:29Conforme o artigo, a relíquia foi trazida de um convento irlandês, onde permaneceu desde a última década do século XX. A veracidade da proveniência é corroborada por documentos canônicos assinados pelo bispo diocesano de Limerick, em 1998. A exposição pública, contudo, não segue os protocolos da Congregação para as Causas dos Santos, que exige condição de temperatura controlada e ausência de contato físico direto. A Basílica, ao permitir o toque, está, tecnicamente, violando a Norma 3.1.2 do CIC 1983. A fé é válida, mas a conservação patrimonial não pode ser negligenciada. 📜